quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Eu não sou um blogueiro

Longe de me portar de maneira derrotista, percebo cada vez mais que não sou um blogueiro.

Após a primeira postagem (a qual não me agradou), entrei em uma espécie de vácuo criativo onde a inspiração estava mais rarefeita do que moléculas de oxigênio em pulmão de fumante.

Foram dias e mais dias tentando, em vão, achar algum tema interessante a ser abordado nesse espaço.
Pensei em elaborar um post sobre meus games preferidos all time, mas considerei este tema mais comum do que pereba em criança.

Depois cogitei, por sugestão de um amigo meu, inventar fatos históricos fictícios (perdão pela redundância) sobre Curitiba, porém cheguei a conclusão, antes mesmo de desenvolver qualquer idéia, que este é um tema muito non-sense.

Ontem cheguei a postar um texto falando mal do Big Brother Brasil e toda aquela polêmica envolvendo a Tessália. Mas este assunto, além de ser irritante demais, já deu mais do que pano na manga. Deletei-o de tanta vergonha que senti.

Isto significa que condenarei este espaço a ser um Blog natimorto? É lógico que não.

Eu acho que a World Psychiatric Association deveria catalogar uma nova espécie de transtorno obsessivo-compulsivo, cujo portador possuiria um desejo incontrolável de preencher espaços em brancos em sítios da internet com as mais prolixas informações.

Esse é o meu transtorno, eu não posso evitar de escrever um texto quando me deparo com esse tipo de coisa, transmutando um post em um claro exercício de livre associação de idéias.

Mando as favas a objetividade, o pré-planejamento, ou qualquer outra metodologia que me permita realizar uma extensa pesquisa antes de escrever sobre algo. O lance é escrever, escrever e escrever.

O sentido? o argumento? estes eu encontro em algum lugar no meio do caminho.

Porque agradar o leitor? Porque não o leitor a nos agradar?

Porque agradar o consumidor? Porque não o consumidor a nos agradar?

Porque nós elegemos a quem nos governar, quando nós poderíamos eleger pessoas a serem obedecidas por nós??

Este é um espaço gratuito, onde posso me dar ao luxo de inverter estes valores.

Pensar não paga imposto (acho que a tributação cognitiva é algo impossível de ser realizado). O máximo que pode acontecer é eu me projetar como um ermitão louco que, do alto de sua montanha, profere disparates sem sentido para uma platéia de ninguém.

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